Sete mulheres naquele dia lançarão mão dum só homem, dizendo: Nós comeremos do nosso pão, e nos vestiremos de nossos vestidos; tão somente queremos ser chamadas pelo teu nome; tira o nosso opróbrio.
1.
Sete mulheres naquele dia lançarão mão dum só homem, dizendo: Nós comeremos do nosso pão, e nos vestiremos de nossos vestidos; tão somente queremos ser chamadas pelo teu nome; tira o nosso opróbrio.
2.
Naquele dia o renovo do Senhor será cheio de beleza e de glória, e o fruto da terra excelente e formoso para os que escaparem de Israel.
3.
E será que aquele que ficar em Sião e permanecer em Jerusalém, será chamado santo, isto é, todo aquele que estiver inscrito entre os vivos em Jerusalém;
4.
Quando o Senhor tiver lavado a imundícia das filhas de Sião, e tiver limpado o sangue de Jerusalém do meio dela com o espírito de justiça, e com o espírito de ardor.
5.
E criará o Senhor sobre toda a extensão do monte Sião, e sobre as assembléias dela, uma nuvem de dia, e uma fumaça, e um resplendor de fogo flamejante de noite; porque sobre toda a glória se estenderá um dossel.
6.
Também haverá de dia um pavilhão para sombra contra o calor, e para refúgio e esconderijo contra a tempestade e a chuva.
7.
Ora, seja-me permitido cantar para o meu bem amado uma canção de amor a respeito da sua vinha. O meu amado possuía uma vinha num outeiro fertilíssimo.
8.
E, revolvendo-a com enxada e limpando-a das pedras, plantou- a de excelentes vides, e edificou no meio dela uma torre, e também construiu nela um lagar; e esperava que desse uvas, mas deu uvas bravas.
9.
Agora, pois, ó moradores de Jerusalém, e homens de Judá, julgai, vos peço, entre mim e a minha vinha.
10.
Que mais se podia fazer à minha vinha, que eu lhe não tenha feito? e por que, esperando eu que desse uvas, veio a produzir uvas bravas?
11.
Agora, pois, vos farei saber o que eu hei de fazer à minha vinha: tirarei a sua sebe, e será devorada; derrubarei a sua parede, e sera pisada;
12.
e a tornarei em deserto; não será podada nem cavada, mas crescerão nela sarças e espinheiro; e às nuvens darei ordem que não derramem chuva sobre ela.
13.
Pois a vinha do Senhor dos exércitos é a casa de Israel, e os homens de Judá são a planta das suas delícias; e esperou que exercessem juízo, mas eis aqui derramamento de sangue; justiça, e eis aqui clamor.
14.
Ai dos que ajuntam casa a casa, dos que acrescentam campo a campo, até que não haja mais lugar, de modo que habitem sós no meio da terra!
15.
A meus ouvidos disse o Senhor dos exércitos: Em verdade que muitas casas ficarão desertas, e até casas grandes e lindas sem moradores.
16.
E dez jeiras de vinha darão apenas um bato, e um hômer de semente não dará mais do que uma efa.
17.
Ai dos que se levantam cedo para correrem atrás da bebida forte e continuam até a noite, até que o vinho os esquente!
18.
Têm harpas e alaúdes, tamboris e pífanos, e vinho nos seus banquetes; porém não olham para a obra do Senhor, nem consideram as obras das mãos dele.
19.
Portanto o meu povo é levado cativo, por falta de entendimento; e os seus nobres estão morrendo de fome, e a sua multidão está seca de sede.
20.
Por isso o Seol aumentou o seu apetite, e abriu a sua boca desmesuradamente; e para lá descem a glória deles, a sua multidão, a sua pompa, e os que entre eles se exultam.
21.
O homem se abate, e o varão se humilha, e os olhos dos altivos se abaixam.
22.
Mas o Senhor dos exércitos é exaltado pelo juízo, e Deus, o Santo, é santificado em justiça.
23.
Então os cordeiros pastarão como em seus pastos; e nos campos desertos se apascentarão cevados e cabritos.
24.
Ai dos que puxam a iniqüidade com cordas de falsidade, e o pecado como com tirantes de carros!
25.
E dizem: Apresse-se Deus, avie a sua obra, para que a vejamos; e aproxime-se e venha o propósito do Santo de Israel, para que o conheçamos.
26.
Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem mal; que põem as trevas por luz, e a luz por trevas, e o amargo por doce, e o doce por amargo!
27.
Ai dos que são sábios a seus próprios olhos, e astutos em seu próprio conceito!
28.
Ai dos que são poderosos para beber vinho, e valentes para misturar bebida forte;
29.
dos que justificam o ímpio por peitas, e ao inocente lhe tiram o seu direito!
30.
Pelo que, como a língua de fogo consome o restolho, e a palha se desfaz na chama assim a raiz deles será como podridão, e a sua flor se esvaecerá como pó; porque rejeitaram a lei do Senhor dos exércitos, e desprezaram a palavra do santo de Israel,
31.
Por isso se acendeu a ira do Senhor contra o seu povo, e o Senhor estendeu a sua mão contra ele, e o feriu; e as montanhas tremeram, e os seus cadáveres eram como lixo no meio das ruas; com tudo isto não tornou atrás a sua ira, mas ainda está estendida a sua mão.
32.
E ele arvorará um estandarte para as nações de longe, e lhes assobiará desde a extremidade da terra; e eis que virão muito apressadamente.
33.
Não há entre eles cansado algum nem quem tropece; ninguém cochila nem dorme; não se lhe desata o cinto dos lombos, nem se lhe quebra a correia dos sapatos.
34.
As suas flechas são agudas, e todos os seus arcos retesados; os cascos dos seus cavalos são reputados como pederneira, e as rodas dos seus carros qual redemoinho.
35.
O seu rugido é como o do leão; rugem como filhos de leão; sim, rugem e agarram a presa, e a levam, e não há quem a livre.
36.
E bramarão contra eles naquele dia, como o bramido do mar; e se alguém olhar para a terra, eis que só verá trevas e angústia, e a luz se escurecerá nas nuvens sobre ela.
37.
No ano em que morreu o rei Uzias, eu vi o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono, e as orlas do seu manto enchiam o templo.
38.
Ao seu redor havia serafins; cada um tinha seis asas; com duas cobria o rosto, e com duas cobria os pés e com duas voava.
39.
E clamavam uns para os outros, dizendo: Santo, santo, santo é o Senhor dos exércitos; a terra toda está cheia da sua glória.
40.
E as bases dos limiares moveram-se à voz do que clamava, e a casa se enchia de fumaça.
41.
Então disse eu: Ai de mim! pois estou perdido; porque sou homem de lábios impuros, e habito no meio dum povo de impuros lábios; e os meus olhos viram o rei, o Senhor dos exércitos!
42.
Então voou para mim um dos serafins, trazendo na mão uma brasa viva, que tirara do altar com uma tenaz;
43.
e com a brasa tocou-me a boca, e disse: Eis que isto tocou os teus lábios; e a tua iniqüidade foi tirada, e perdoado o teu pecado.
44.
Depois disto ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem irá por nós? Então disse eu: Eis-me aqui, envia-me a mim.
45.
Disse, pois, ele: Vai, e dize a este povo: Ouvis, de fato, e não entendeis, e vedes, em verdade, mas não percebeis.
46.
Engorda o coração deste povo, e endurece-lhe os ouvidos, e fecha-lhe os olhos; para que ele não veja com os olhos, e ouça com os ouvidos, e entenda com o coração, e se converta, e seja sarado.
47.
Então disse eu: Até quando, Senhor? E respondeu: Até que sejam assoladas as cidades, e fiquem sem habitantes, e as casas sem moradores, e a terra seja de todo assolada,
48.
e o Senhor tenha removido para longe dela os homens, e sejam muitos os lugares abandonados no meio da terra.
49.
Mas se ainda ficar nela a décima parte, tornará a ser consumida, como o terebinto, e como o carvalho, dos quais, depois de derrubados, ainda fica o toco. A santa semente é o seu toco.