Linguagem
                
                
                
            
            Compadece-te de mim, ó Deus, compadece-te de mim, pois em ti se refugia a minha alma; à sombra das tuas asas me refugiarei, até que passem as calamidades.
                                        1.
                            Compadece-te de mim, ó Deus, compadece-te de mim, pois em ti se refugia a minha alma; à sombra das tuas asas me refugiarei, até que passem as calamidades.
                        2.
                            Clamarei ao Deus altíssimo, ao Deus que por mim tudo executa.
                        3.
                            Ele do céu enviará seu auxílio , e me salvará, quando me ultrajar aquele que quer calçar-me aos pés. Deus enviará a sua misericórdia e a sua verdade.
                        4.
                            Estou deitado no meio de leões; tenho que deitar-me no meio daqueles que respiram chamas, filhos dos homens, cujos dentes são lanças e flechas, e cuja língua é espada afiada.
                        5.
                            Sê exaltado, ó Deus, acima dos céus; seja a tua glória sobre toda a terra.
                        6.
                            Armaram um laço para os meus passos, a minha alma ficou abatida; cavaram uma cova diante de mim, mas foram eles que nela caíram.
                        7.
                            Resoluto está o meu coração, ó Deus, resoluto está o meu coração; cantarei, sim, cantarei louvores.
                        8.
                            Desperta, minha alma; despertai, alaúde e harpa; eu mesmo despertarei a aurora.
                        9.
                            Louvar-te-ei, Senhor, entre os povos; cantar-te-ei louvores entre as nações.
                        10.
                            Pois a tua benignidade é grande até os céus, e a tua verdade até as nuvens.
                        11.
                            Sê exaltado, ó Deus, acima dos céus; e seja a tua glória sobre a terra.
                        12.
                            Falais deveras o que é reto, vós os poderosos? Julgais retamente, ó filhos dos homens?
                        13.
                            Não, antes no coração forjais iniqüidade; sobre a terra fazeis pesar a violência das vossas mãos.
                        14.
                            Alienam-se os ímpios desde a madre; andam errados desde que nasceram, proferindo mentiras.
                        15.
                            Têm veneno semelhante ao veneno da serpente; são como a víbora surda, que tapa os seus ouvidos,
                        16.
                            de sorte que não ouve a voz dos encantadores, nem mesmo do encantador perito em encantamento.
                        17.
                            Ó Deus, quebra-lhes os dentes na sua boca; arranca, Senhor, os caninos aos filhos dos leões.
                        18.
                            Sumam-se como águas que se escoam; sejam pisados e murcham como a relva macia.
                        19.
                            Sejam como a lesma que se derrete e se vai; como o aborto de mulher, que nunca viu o sol.
                        20.
                            Que ele arrebate os espinheiros antes que cheguem a aquecer as vossas panelas, assim os verdes, como os que estão ardendo.
                        21.
                            O justo se alegrará quando vir a vingança; lavará os seus pés no sangue do ímpio.
                        22.
                            Então dirão os homens: Deveras há uma recompensa para o justo; deveras há um Deus que julga na terra.
                        23.
                            Livra-me, Deus meu, dos meus inimigos; protege-me daqueles que se levantam contra mim.
                        24.
                            Livra-me do que praticam a iniqüidade, e salva-me dos homens sanguinários.
                        25.
                            Pois eis que armam ciladas à minha alma; os fortes se ajuntam contra mim, não por transgressão minha nem por pecado meu, ó Senhor.
                        26.
                            Eles correm, e se preparam, sem culpa minha; desperta para me ajudares, e olha.
                        27.
                            Tu, ó Senhor, Deus dos exércitos, Deus de Israel, desperta para punir todas as nações; não tenhas misericórdia de nenhum dos pérfidos que praticam a iniqüidade.
                        28.
                            Eles voltam à tarde, uivam como cães, e andam rodeando a cidade.
                        29.
                            Eis que eles soltam gritos; espadas estão nos seus lábios; porque (pensam eles), quem ouve?
                        30.
                            Mas tu, Senhor, te rirás deles; zombarás de todas as nações.
                        31.
                            Em ti, força minha, esperarei; pois Deus é o meu alto refúgio.
                        32.
                            O meu Deus com a sua benignidade virá ao meu encontro; Deus me fará ver o meu desejo sobre os meus inimigos.
                        33.
                            Não os mates, para que meu povo não se esqueça; espalha-os pelo teu poder, e abate-os ó Senhor, escudo nosso.
                        34.
                            Pelo pecado da sua boca e pelas palavras dos seus lábios fiquem presos na sua soberba. Pelas maldições e pelas mentiras que proferem,
                        35.
                            consome-os na tua indignação; consome-os, de modo que não existem mais; para que saibam que Deus reina sobre Jacó, até os confins da terra.
                        36.
                            Eles tornam a vir à tarde, uivam como cães, e andam rodeando a cidade;
                        37.
                            vagueiam buscando o que comer, e resmungam se não se fartarem.
                        38.
                            Eu, porém, cantarei a tua força; pela manhã louvarei com alegria a tua benignidade, porquanto tens sido para mim uma fortaleza, e refúgio no dia da minha angústia.
                        39.
                            A ti, ó força minha, cantarei louvores; porque Deus é a minha fortaleza, é o Deus que me mostra benignidade.
                        40.
                            Ó Deus, tu nos rejeitaste, tu nos esmagaste, tu tens estado indignado; oh, restabelece-nos.
                        41.
                            Abalaste a terra, e a fendeste; sara as suas fendas, pois ela treme.
                        42.
                            Ao teu povo fizeste ver duras coisas; fizeste-nos beber o vinho de aturdimento.
                        43.
                            Deste um estandarte aos que te temem, para o qual possam fugir de diante do arco.
                        44.
                            Para que os teus amados sejam livres, salva-nos com a tua destra, e responde-nos.
                        45.
                            Deus falou na sua santidade: Eu exultarei; repartirei Siquém e medirei o vale de Sucote.
                        46.
                            Meu é Gileade, e meu é Manassés; Efraim é o meu capacete; Judá é o meu cetro.
                        47.
                            Moabe é a minha bacia de lavar; sobre Edom lançarei o meu sapato; sobre a Filístia darei o brado de vitória.
                        48.
                            Quem me conduzirá à cidade forte? Quem me guiará até Edom?
                        49.
                            Não nos rejeitaste, ó Deus? e tu, ó Deus, não deixaste de sair com os nossos exércitos?
                        50.
                            Dá-nos auxílio contra o adversário, pois vão é o socorro da parte do homem.
                        51.
                            Em Deus faremos proezas; porque é ele quem calcará aos pés os nossos inimigos.
                        
                    
        
            
            
                    
                
            
        