Ouve, ó Deus, o meu clamor; atende à minha oração.
1.
Ouve, ó Deus, o meu clamor; atende à minha oração.
2.
Desde a extremidade da terra clamo a ti, estando abatido o meu coração; leva-me para a rocha que é mais alta do que eu.
3.
Pois tu és o meu refúgio, uma torre forte contra o inimigo.
4.
Deixa-me habitar no teu tabernáculo para sempre; dá que me abrigue no esconderijo das tuas asas.
5.
Pois tu, ó Deus, ouviste os meus votos; deste-me a herança dos que temem o teu nome.
6.
Prolongarás os dias do rei; e os seus anos serão como muitas gerações.
7.
Ele permanecerá no trono diante de Deus para sempre; faze que a benignidade e a fidelidade o preservem.
8.
Assim cantarei louvores ao teu nome perpetuamente, para pagar os meus votos de dia em dia.
9.
Somente em Deus espera silenciosa a minha alma; dele vem a minha salvação.
10.
Só ele é a minha rocha e a minha salvação; é ele a minha fortaleza; não serei grandemente abalado.
11.
Até quando acometereis um homem, todos vós, para o derrubardes, como a um muro pendido, uma cerca prestes a cair?
12.
Eles somente consultam como derrubá-lo da sua alta posição; deleitam-se em mentiras; com a boca bendizem, mas no íntimo maldizem.
13.
Ó minha alma, espera silenciosa somente em Deus, porque dele vem a minha esperança.
14.
Só ele é a minha rocha e a minha salvação; é a minha fortaleza; não serei abalado.
15.
Em Deus está a minha salvação e a minha glória; Deus é o meu forte rochedo e o meu refúgio.
16.
Confiai nele, ó povo, em todo o tempo; derramai perante ele o vosso coração; Deus é o nosso refúgio.
17.
Certamente que os filhos de Adão são vaidade, e os filhos dos homens são desilusão; postos na balança, subiriam; todos juntos são mais leves do que um sopro.
18.
Não confieis na opressão, nem vos vanglorieis na rapina; se as vossas riquezas aumentarem, não ponhais nelas o coração.
19.
Uma vez falou Deus, duas vezes tenho ouvido isto: que o poder pertence a Deus.
20.
A ti também, Senhor, pertence a benignidade; pois retribuis a cada um segundo a sua obra.
21.
Ó Deus, tu és o meu Deus; ansiosamente te busco. A minha alma tem sede de ti; a minha carne te deseja muito em uma terra seca e cansada, onde não há água.
22.
Assim no santuário te contemplo, para ver o teu poder e a tua glória.
23.
Porquanto a tua benignidade é melhor do que a vida, os meus lábios te louvarão.
24.
Assim eu te bendirei enquanto viver; em teu nome levantarei as minhas mãos.
25.
A minha alma se farta, como de tutano e de gordura; e a minha boca te louva com alegres lábios.
26.
quando me lembro de ti no meu leito, e medito em ti nas vigílias da noite,
27.
pois tu tens sido o meu auxílio; de júbilo canto à sombra das tuas asas.
28.
A minha alma se apega a ti; a tua destra me sustenta.
29.
Mas aqueles que procuram a minha vida para a destruírem, irão para as profundezas da terra.
30.
Serão entregues ao poder da espada, servidão de pasto aos chacais.
31.
Mas o rei se regozijará em Deus; todo o que por ele jura se gloriará, porque será tapada a boca aos que falam a mentira.
32.
Ouve, ó Deus, a minha voz na minha queixa; preserva a minha voz na minha queixa; preserva a minha vida do horror do inimigo.
33.
Esconde-me do secreto conselho dos maus, e do ajuntamento dos que praticam a iniqüidade,
34.
os quais afiaram a sua língua como espada, e armaram por suas flechas palavras amargas.
35.
Para em lugares ocultos atirarem sobre o íntegro; disparam sobre ele repentinamente, e não temem.
36.
Firmam-se em mau intento; falam de armar laços secretamente, e dizem: Quem nos verá?
37.
Planejam iniqüidades; ocultam planos bem traçados; pois o íntimo e o coração do homem são inescrutáveis.
38.
Mas Deus disparará sobre eles uma seta, e de repente ficarão feridos.
39.
Assim serão levados a tropeçar, por causa das suas próprias línguas; todos aqueles que os virem fugirão.
40.
E todos os homens temerão, e anunciarão a obra de Deus, e considerarão a obra de Deus, e considerarão prudentemente os seus feitos.
41.
O justo se alegrará no Senhor e confiará nele, e todos os de coração reto cantarão louvores.