Linguagem
                
                
                
            
            Cantarei para sempre as benignidades do Senhor; com a minha boca proclamarei a todas as gerações a tua fidelidade.
                                        1.
                            Cantarei para sempre as benignidades do Senhor; com a minha boca proclamarei a todas as gerações a tua fidelidade.
                        2.
                            Digo, pois: A tua benignidade será renovada para sempre; tu confirmarás a tua fidelidade até nos céus, dizendo:
                        3.
                            Fiz um pacto com o meu escolhido; jurei ao meu servo Davi:
                        4.
                            Estabelecerei para sempre a tua descendência, e firmarei o teu trono por todas as gerações.
                        5.
                            Os céus louvarão as tuas maravilhas, ó Senhor, e a tua fidelidade na assembléia dos santos.
                        6.
                            Pois quem no firmamento se pode igualar ao Senhor? Quem entre os filhos de Deus é semelhante ao Senhor,
                        7.
                            um Deus sobremodo tremendo na assembléia dos santos, e temível mais do que todos os que estão ao seu redor?
                        8.
                            Ó Senhor, Deus dos exércitos, quem é poderoso como tu, Senhor, com a tua fidelidade ao redor de ti?
                        9.
                            Tu dominas o ímpio do mar; quando as suas ondas se levantam tu as fazes aquietar.
                        10.
                            Tu abateste a Raabe como se fora ferida de morte; com o teu braço poderoso espalhaste os teus inimigos.
                        11.
                            São teus os céus, e tua é a terra; o mundo e a sua plenitude, tu os fundaste.
                        12.
                            O norte e o sul, tu os criaste; o Tabor e o Hermom regozijam-se em teu nome.
                        13.
                            Tu tens um braço poderoso; forte é a tua mão, e elevado a tua destra.
                        14.
                            Justiça e juízo são a base do teu trono; benignidade e verdade vão adiante de ti.
                        15.
                            Bem-aventurado o povo que conhece o som festivo, que anda, ó Senhor, na luz da tua face,
                        16.
                            que se regozija em teu nome todo o dia, e na tua justiça é exaltado.
                        17.
                            Pois tu és a glória da sua força; e pelo teu favor será exaltado o nosso poder.
                        18.
                            Porque o Senhor é o nosso escudo, e o Santo de Israel é o nosso Rei.
                        19.
                            Naquele tempo falaste em visão ao teu santo, e disseste: Coloquei a coroa num homem poderoso; exaltei um escolhido dentre o povo.
                        20.
                            Achei Davi, meu servo; com o meu santo óleo o ungi.
                        21.
                            A minha mão será sempre com ele, e o meu braço o fortalecerá.
                        22.
                            O inimigo não o surpreenderá, nem o filho da perversidade o afligirá.
                        23.
                            Eu esmagarei diante dele os seus adversários, e aos que o odeiam abaterei.
                        24.
                            A minha fidelidade, porém, e a minha benignidade estarão com ele, e em meu nome será exaltado o seu poder.
                        25.
                            Porei a sua mão sobre o mar, e a sua destra sobre os rios.
                        26.
                            Ele me invocará, dizendo: Tu és meu pai, meu Deus, e a rocha da minha salvação.
                        27.
                            Também lhe darei o lugar de primogênito; fá-lo-ei o mais excelso dos reis da terra.
                        28.
                            Conservar-lhe-ei para sempre a minha benignidade, e o meu pacto com ele ficará firme.
                        29.
                            Farei que subsista para sempre a sua descendência, e o seu trono como os dias dos céus.
                        30.
                            Se os seus filhos deixarem a minha lei, e não andarem nas minhas ordenanças,
                        31.
                            se profanarem os meus preceitos, e não guardarem os meus mandamentos,
                        32.
                            então visitarei com vara a sua transgressão, e com açoites a sua iniqüidade.
                        33.
                            Mas não lhe retirarei totalmente a minha benignidade, nem faltarei com a minha fidelidade.
                        34.
                            Não violarei o meu pacto, nem alterarei o que saiu dos meus lábios.
                        35.
                            Uma vez para sempre jurei por minha santidade; não mentirei a Davi.
                        36.
                            A sua descendência subsistirá para sempre, e o seu trono será como o sol diante de mim;
                        37.
                            será estabelecido para sempre como a lua, e ficará firme enquanto o céu durar.
                        38.
                            Mas tu o repudiaste e rejeitaste, tu estás indignado contra o teu ungido.
                        39.
                            Desprezaste o pacto feito com teu servo; profanaste a sua coroa, arrojando-a por terra.
                        40.
                            Derribaste todos os seus muros; arruinaste as suas fortificações.
                        41.
                            Todos os que passam pelo caminho o despojam; tornou-se objeto de opróbrio para os seus vizinhos.
                        42.
                            Exaltaste a destra dos seus adversários; fizeste com que todos os seus inimigos se regozijassem.
                        43.
                            Embotaste o fio da sua espada, e não o sustentaste na peleja;
                        44.
                            fizeste cessar o seu esplendor, e arrojaste por terra o seu trono;
                        45.
                            abreviaste os dias da sua mocidade; cobriste-o de vergonha.
                        46.
                            Até quando, Senhor? Esconder-te-ás para sempre? Até quando arderá a tua ira como fogo?
                        47.
                            Lembra-te de quão breves são os meus dias; de quão efêmeros criaste todos os filhos dos homens!
                        48.
                            Que homem há que viva e não veja a morte? ou que se livre do poder do Seol?
                        49.
                            Senhor, onde estão as tuas antigas benignidades, que juraste a Davi na tua fidelidade?
                        50.
                            Lembre-te, Senhor, do opróbrio dos teus servos; e de como trago no meu peito os insultos de todos os povos poderosos,
                        51.
                            com que os teus inimigos, ó Senhor, têm difamado, com que têm difamado os passos do teu ungido.
                        52.
                            Bendito seja o Senhor para sempre. Amém e amém.
                        53.
                            Senhor, tu tens sido o nosso refúgio de geração em geração.
                        54.
                            Antes que nascessem os montes, ou que tivesses formado a terra e o mundo, sim, de eternidade a eternidade tu és Deus.
                        55.
                            Tu reduzes o homem ao pó, e dizes: Voltai, filhos dos homens!
                        56.
                            Porque mil anos aos teus olhos são como o dia de ontem que passou, e como uma vigília da noite.
                        57.
                            Tu os levas como por uma torrente; são como um sono; de manhã são como a erva que cresce;
                        58.
                            de manhã cresce e floresce; à tarde corta-se e seca.
                        59.
                            Pois somos consumidos pela tua ira, e pelo teu furor somos conturbados.
                        60.
                            Diante de ti puseste as nossas iniqüidades, à luz do teu rosto os nossos pecados ocultos.
                        61.
                            Pois todos os nossos dias vão passando na tua indignação; acabam-se os nossos anos como um suspiro.
                        62.
                            A duração da nossa vida é de setenta anos; e se alguns, pela sua robustez, chegam a oitenta anos, a medida deles é canseira e enfado; pois passa rapidamente, e nós voamos.
                        63.
                            Quem conhece o poder da tua ira? e a tua cólera, segundo o temor que te é devido?
                        64.
                            Ensina-nos a contar os nossos dias de tal maneira que alcancemos corações sábios.
                        65.
                            Volta-te para nós, Senhor! Até quando? Tem compaixão dos teus servos.
                        66.
                            Sacia-nos de manhã com a tua benignidade, para que nos regozijemos e nos alegremos todos os nossos dias.
                        67.
                            Alegra-nos pelos dias em que nos afligiste, e pelos anos em que vimos o mal.
                        68.
                            Apareça a tua obra aos teus servos, e a tua glória sobre seus filhos.
                        69.
                            Seja sobre nós a graça do Senhor, nosso Deus; e confirma sobre nós a obra das nossas mãos; sim, confirma a obra das nossas mãos.
                        70.
                            Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do Todo-Poderoso descansará.
                        71.
                            Direi do Senhor: Ele é o meu refúgio e a minha fortaleza, o meu Deus, em quem confio.
                        72.
                            Porque ele te livra do laço do passarinho, e da peste perniciosa.
                        73.
                            Ele te cobre com as suas penas, e debaixo das suas asas encontras refúgio; a sua verdade é escudo e broquel.
                        74.
                            Não temerás os terrores da noite, nem a seta que voe de dia,
                        75.
                            nem peste que anda na escuridão, nem mortandade que assole ao meio-dia.
                        76.
                            Mil poderão cair ao teu lado, e dez mil à tua direita; mas tu não serás atingido.
                        77.
                            Somente com os teus olhos contemplarás, e verás a recompensa dos ímpios.
                        78.
                            Porquanto fizeste do Senhor o teu refúgio, e do Altíssimo a tua habitação,
                        79.
                            nenhum mal te sucederá, nem praga alguma chegará à tua tenda.
                        80.
                            Porque aos seus anjos dará ordem a teu respeito, para te guardarem em todos os teus caminhos.
                        81.
                            Eles te susterão nas suas mãos, para que não tropeces em alguma pedra.
                        82.
                            Pisarás o leão e a áspide; calcarás aos pés o filho do leão e a serpente.
                        83.
                            Pois que tanto me amou, eu o livrarei; pô-lo-ei num alto retiro, porque ele conhece o meu nome.
                        84.
                            Quando ele me invocar, eu lhe responderei; estarei com ele na angústia, livrá-lo-ei, e o honrarei.
                        85.
                            Com longura de dias fartá-lo-ei, e lhe mostrarei a minha salvação.
                        86.
                            Bom é render graças ao Senhor, e cantar louvores ao teu nome, ó Altíssimo,
                        87.
                            anunciar de manhã a tua benignidade, e à noite a tua fidelidade,
                        88.
                            sobre um instrumento de dez cordas, e sobre o saltério, ao som solene da harpa.
                        89.
                            Pois me alegraste, Senhor, pelos teus feitos; exultarei nas obras das tuas mãos.
                        90.
                            Quão grandes são, ó Senhor, as tuas obras! quão profundos são os teus pensamentos!
                        91.
                            O homem néscio não sabe, nem o insensato entende isto:
                        92.
                            quando os ímpios brotam como a erva, e florescem todos os que praticam a iniqüidade, é para serem destruídos para sempre.
                        93.
                            Mas tu, Senhor, estás nas alturas para sempre.
                        94.
                            Pois eis que os teus inimigos, Senhor, eis que os teus inimigos perecerão; serão dispersos todos os que praticam a iniqüidade.
                        95.
                            Mas tens exaltado o meu poder, como o do boi selvagem; fui ungido com óleo fresco.
                        96.
                            Os meus olhos já viram o que é feito dos que me espreitam, e os meus ouvidos já ouviram o que sucedeu aos malfeitores que se levantam contra mim.
                        97.
                            Os justos florescerão como a palmeira, crescerão como o cedro no Líbano.
                        98.
                            Estão plantados na casa do Senhor, florescerão nos átrios do nosso Deus.
                        99.
                            Na velhice ainda darão frutos, serão viçosos e florescentes,
                        100.
                            para proclamarem que o Senhor é reto. Ele é a minha rocha, e nele não há injustiça.
                        
                    
        
            
            
                    
                
            
        