Linguagem
                
                
                
            
            Na tua força, ó Senhor, o rei se alegra; e na tua salvação quão grandemente se regozija!
                                        1.
                            Na tua força, ó Senhor, o rei se alegra; e na tua salvação quão grandemente se regozija!
                        2.
                            Concedeste-lhe o desejo do seu coração, e não lhe negaste a petição dos seus lábios.
                        3.
                            Pois o proveste de bênçãos excelentes; puseste-lhe na cabeça uma coroa de ouro fino.
                        4.
                            Vida te pediu, e lha deste, longura de dias para sempre e eternamente.
                        5.
                            Grande é a sua glória pelo teu socorro; de honra e de majestade o revestes.
                        6.
                            Sim, tu o fazes para sempre abençoado; tu o enches de gozo na tua presença.
                        7.
                            Pois o rei confia no Senhor; e pela bondade do Altíssimo permanecerá inabalável.
                        8.
                            A tua mão alcançará todos os teus inimigos, a tua destra alcançará todos os que te odeiam.
                        9.
                            Tu os farás qual fornalha ardente quando vieres; o Senhor os consumirá na sua indignação, e o fogo os devorará.
                        10.
                            A sua prole destruirás da terra, e a sua descendência dentre os filhos dos homens.
                        11.
                            Pois intentaram o mal contra ti; maquinaram um ardil, mas não prevalecerão.
                        12.
                            Porque tu os porás em fuga; contra os seus rostos assestarás o teu arco.
                        13.
                            Exalta-te, Senhor, na tua força; então cantaremos e louvaremos o teu poder.
                        14.
                            Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? por que estás afastado de me auxiliar, e das palavras do meu bramido?
                        15.
                            Deus meu, eu clamo de dia, porém tu não me ouves; também de noite, mas não acho sossego.
                        16.
                            Contudo tu és santo, entronizado sobre os louvores de Israel.
                        17.
                            Em ti confiaram nossos pais; confiaram, e tu os livraste.
                        18.
                            A ti clamaram, e foram salvos; em ti confiaram, e não foram confundidos.
                        19.
                            Mas eu sou verme, e não homem; opróbrio dos homens e desprezado do povo.
                        20.
                            Todos os que me vêem zombam de mim, arreganham os beiços e meneiam a cabeça, dizendo:
                        21.
                            Confiou no Senhor; que ele o livre; que ele o salve, pois que nele tem prazer.
                        22.
                            Mas tu és o que me tiraste da madre; o que me preservaste, estando eu ainda aos seios de minha mãe.
                        23.
                            Nos teus braços fui lançado desde a madre; tu és o meu Deus desde o ventre de minha mãe.
                        24.
                            Não te alongues de mim, pois a angústia está perto, e não há quem acuda.
                        25.
                            Muitos touros me cercam; fortes touros de Basã me rodeiam.
                        26.
                            Abrem contra mim sua boca, como um leão que despedaça e que ruge.
                        27.
                            Como água me derramei, e todos os meus ossos se desconjuntaram; o meu coração é como cera, derreteu-se no meio das minhas entranhas.
                        28.
                            A minha força secou-se como um caco e a língua se me pega ao paladar; tu me puseste no pó da morte.
                        29.
                            Pois cães me rodeiam; um ajuntamento de malfeitores me cerca; transpassaram-me as mãos e os pés.
                        30.
                            Posso contar todos os meus ossos. Eles me olham e ficam a mirar-me.
                        31.
                            Repartem entre si as minhas vestes, e sobre a minha túnica lançam sortes.
                        32.
                            Mas tu, Senhor, não te alongues de mim; força minha, apressa-te em socorrer-me.
                        33.
                            Livra-me da espada, e a minha vida do poder do cão.
                        34.
                            Salva-me da boca do leão, sim, livra-me dos chifres do boi selvagem.
                        35.
                            Então anunciarei o teu nome aos meus irmãos; louvar-te-ei no meio da congregação.
                        36.
                            Vós, que temeis ao Senhor, louvai-o; todos vós, filhos de Jacó, glorificai-o; temei-o todos vós, descendência de Israel.
                        37.
                            Porque não desprezou nem abominou a aflição do aflito, nem dele escondeu o seu rosto; antes, quando ele clamou, o ouviu.
                        38.
                            De ti vem o meu louvor na grande congregação; pagarei os meus votos perante os que o temem.
                        39.
                            Os mansos comerão e se fartarão; louvarão ao Senhor os que o buscam. Que o vosso coração viva eternamente!
                        40.
                            Todos os limites da terra se lembrarão e se converterão ao Senhor, e diante dele adorarão todas as famílias das nações.
                        41.
                            Porque o domínio é do Senhor, e ele reina sobre as nações.
                        42.
                            Todos os grandes da terra comerão e adorarão, e todos os que descem ao pó se prostrarão perante ele, os que não podem reter a sua vida.
                        43.
                            A posteridade o servirá; falar-se-á do Senhor à geração vindoura.
                        44.
                            Chegarão e anunciarão a justiça dele; a um povo que há de nascer contarão o que ele fez.
                        45.
                            O Senhor é o meu pastor; nada me faltará.
                        46.
                            Deitar-me faz em pastos verdejantes; guia-me mansamente a águas tranqüilas.
                        47.
                            Refrigera a minha alma; guia-me nas veredas da justiça por amor do seu nome.
                        48.
                            Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam.
                        49.
                            Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos; unges com óleo a minha cabeça, o meu cálice transborda.
                        50.
                            Certamente que a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida, e habitarei na casa do Senhor por longos dias.
                        51.
                            Do Senhor é a terra e a sua plenitude; o mundo e aqueles que nele habitam.
                        52.
                            Porque ele a fundou sobre os mares, e a firmou sobre os rios.
                        53.
                            Quem subirá ao monte do Senhor, ou quem estará no seu lugar santo?
                        54.
                            Aquele que é limpo de mãos e puro de coração; que não entrega a sua alma à vaidade, nem jura enganosamente.
                        55.
                            Este receberá do Senhor uma bênção, e a justiça do Deus da sua salvação.
                        56.
                            Tal é a geração daqueles que o buscam, daqueles que buscam a tua face, ó Deus de Jacó.
                        57.
                            Levantai, ó portas, as vossas cabeças; levantai-vos, ó entradas eternas, e entrará o Rei da Glória.
                        58.
                            Quem é o Rei da Glória? O Senhor forte e poderoso, o Senhor poderoso na batalha.
                        59.
                            Levantai, ó portas, as vossas cabeças; levantai-vos, ó entradas eternas, e entrará o Rei da Glória.
                        60.
                            Quem é esse Rei da Glória? O Senhor dos exércitos; ele é o Rei da Glória.
                        
                    
        
            
            
                    
                
            
        